segunda-feira, 19 de abril de 2010

cinco vidas .


tenho a minha perspectiva de vida contraria ou não de uns e de outros , uma maneira minha , a minha maneira de viver a vida . Como só temos direito a uma vida , então eu vivo-a . vivo-a consoante a minha maneira de pensar . se ainda tivéssemos cinco vidas , era bem capaz de numa primeira viver consoante Fernando pessoa , questionando tudo e todos , intelectualizar as minhas emoções e nunca senti-las verdadeiramente , deixar a razão falar mais alto que o coração e ignorá-lo constantemente , pensar o motivo que nos leva a pensar , pensar porque é que eu estaria a pensar e saber que por pensar nunca iria ser feliz . depois numa segunda vida , mudava de planos e , então passava a não pensar , nem deixar que o pensamento se atrevesse a pensar , pois já tinha pensado muito numa ante-vida , e ai eu olhava e vagueava pelas ruas com uma admiração eu tudo que via , em tudo que me rodava , ficando pasmada e ingénua , como se tudo que visse , tivesse sido sempre visto pela primeira vez , amava a natureza , porque quem ama não pensa , e a eterna felicidade é não pensar , por isso amava-a e fazia dela a minha vida , sentia de tal maneira as minha emoções que passava a viver delas e tornara-me argonauta das sensações verdadeiras , porque pensar não me deixaria ver a verdade , ver a vida de forma pura e feliz . numa terceira vida passava a não viver as emoções fortes tão intensamente para que a “perda” não me deixasse pena , e aceitaria a morte como uma forma natural , pois era preferível morrer , do que sofrer pelas emoções , que mais tarde nos deixariam derrotadas . então vivia a vida de uma forma moderada , sem pensar , nem sentir muito intensamente . numa quarta vida , vivia a vida de uma forma intensa e forte , querendo sentir tudo , em todos os lugares e a toda a hora , querendo ser torturada e sentir demasiado as coisas , e ver o que elas são capazes de nos fazer. e no fim de isto tudo vinha então a quinta vida , onde eu a vivia á minha maneira , ou seja , sentir ao máximo as emoções e não achar que isso me levaria a infelicidade , pois se nunca amar-mos ninguém ou alguém , nunca vamos ser amados , e isso sim é a felicidade desta vida , por isso não é ao ter medo de perder algo , medo de morrer e medo de sofrer que nos vamos tornar infelizes . simplesmente estando viva , temos de viver a vida de uma forma a que tenhamos a noção que nada ficou por fazer nem que nada ficou para trás . pensar sobre as coisas quando elas não batem certo de maneira a que as possamos corrigir e acima de tudo escutar a razão e ouvir o coração . no fim disto , querendo eu dizer , a minha vida é fragmentos destas cinco vidas , ou seja , acredito previamente que pensar é uma característica humana , então sim ! vamos pensar , mas não fazer disso um mal , nem nenhuma infelicidade . viver as emoções da melhor maneira , mas saber separar o real da ilusão , aceitar a morte já é algo que eu possa não conseguir fazer , porque tirarem-me quem me faz viver , não é algo natural , embora saiba perfeitamente que a morte é algo natural , e como algo natural que é , faz parte desta vida , que aí sim eu digo que se torna dolorosa e sem objectivo nenhum . e por fim querer simplesmente ser feliz e sim , porque não ter curiosidade de sentir coisas nunca antes sentidas ? apenas ser feliz , e ser feliz , desde já digo e afirmo que é algo muito subjectivo , porque para mim o conceito de felicidade , pode nem tão pouco estar de acordo com o vosso (; mas sim sou feliz e amo quem me ama e acima de tudo valorizo-me , valorizando que me ama *

2 comentários:

  1. Fernando pessoa???

    Sofia, escreves te alto testamento ...

    sinto saudades de quando escrevias altos testamentos para mim !!

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  2. e tu uma vez na aula de bio tambem me escreves-te alto testamento ! e adorei ! :D
    vou voltar a escrever altos testamentos para ti :D

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